segunda-feira, 27 de setembro de 2010

"Desejo que Você Tenha a Quem Amar, e Quando Estiver Bem Cansado Ainda Exista Amor pra Recomeçar..."

Outro dia, fiz um teste, desses de Facebook, que continha uma pergunta mais ou menos, assim: “Ao comprar um aparelho eletrônico, você lê o manual ou vai logo bisbilhotando pra ver no que dá?”. No geral,racional e precavida que sou, começo pelas instruções, mas a vontade de ver a “coisa” funcionando é tão grande que acabo mesmo tentando descobrir por mim mesma.
Na vida, não faço diferente, mas sei perfeitamente que nela, termos como “devolução” e “garantia” não existem. Pra não “errar”, frequento boas “lojas”, procuro levar pra casa o "melhor" das pessoas, dos caminhos, das sensações...e torço sempre, pra que os “defeitos de fabricação”(Oh Freud!) sejam insuficientes pra que as peças se quebrem de modo a não serem reconstruídas.
O tempo tem me ensinado que essa reconstrução acontece, ainda que à revelia da gente, e que mesmo que o maior técnico do Inmetro inspecione todas as normas de segurança do “brinquedo”, a verdade é que não há como garantir“satisfação” a ninguém.
Isso só reforça o enorme mérito que existe em reconhecer um bom “produto”, um que valha a pena cuidar, que possa ser curtido desde o “pacote” até as peças invisíveis e que, mesmo sem assistência técnica, aceite reparo...e manutenção.  

Quando isso acontece, não pergunto mais se existem manuais... não me importa. Se existem, não foram feitos para serem estudados, mas sim, apreendidos e vividos. Não pergunto pelas leis de consumo, porque não quero saber quem domina quem. Não questiono validade, porque tudo é perfeito do tamanho que é. Quando isso acontece, eu só quero uma coisa: Chegar em casa, abrir delicadamente o embrulho e curtir por algum ou por muito tempo, a chegada do “presente” na despensa. Nada de "compras", por enquanto...   


4 comentários:

  1. Uma das funções mais desafiadoras (pra mim) sempre foi parar um pouco de olhar os defeitos de fabricação do "objeto amado" e procurar no meu próprio manual de "des-instruções" algo que me ajudasse a perceber minhas próprias peças frouxas. Às vezes só uma "pane-geral" com boas doses de (oh Freud!) pra startar esse processo. Doloroso, mas privilegiados os que conseguem dar esse passo, acho...

    Lindo texto Dô Mantel!

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  2. não vem com manual. mas isso é que é bom. se jogue!
    e continue escrevendo esses textos incríveis! pura poesia!

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  3. Dô!
    fiquei encantada com esse seu post... simplesmente genial!
    Ah sim, esqueci de avisar: virei sua "seguidora"!
    E só mais uma coisa... ALTA!!!
    Beijos, Camila

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  4. Ôbaaaaaaaa! Visitante ilustre! Adorei "ver" vc por aqui! ( Pelo menos, né? haha). Beijo enorme, obrigada e volte sempre!!

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