sexta-feira, 6 de agosto de 2010

“Help! I Need Somebody. Help! Not Just Anybody..."

Verdade seja dita: Nunca me interessei por livros de auto-ajuda. Fugia do rótulo, como quem foge de uma constatação final e irrevogável sobre si mesmo. A redundância de raciocínio e a ideia do passo-a-passo como método infalível para se “conquistar o sucesso a qualquer preço” me afrontavam em medida semelhante ao galopante volume de vendas desses “produtos”. 

Não me cabe,aqui, diminuir quem se vale deles pra se sentir estimulado diante da vida. Longe disso. Encontro em mim, na verdade, a ironia de quem busca por auto-ajuda todos os dias. Só mudam os meios...
Semana passada, a Fashion TV Brasil começou a exibir a primeira temporada da série “Iconoclastas”, uma pequena obra-prima que o  Sundance Channel exibe desde 2005 e que costuma passar no Brasil, pelo GNT. O formato é “simples”: Dois profissionais de destaque em áreas distintas se encontram para um bate-papo informal sobre suas trajetórias. As “duplas” vão desde Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam, pegando onda com o surfista e ativista ambiental Laird Hamilton a Sean Penn e Jon Krakauer: respectivamente diretor e escritor que deram ao mundo: “Na Natureza Selvagem”. Pra se ter uma noção, a “entrevista” acontece durante uma viagem rumo a um certo ônibus abandonado no Alaska...De dar nó na garganta...
 
Ontem assisti a mais um: dessa vez com o produtor Brian Grazer (“Apollo 13”, “Uma Mente Brilhante”, “Forrest Gump”...) e o mega empresário Sumner Redstone (na época, dono do grupo Viacom). Uma das maravilhas dele: “Ao assistir o primeiro “Star Wars”, atravessei a rua e comprei 20% das ações da Twenty Century Fox. Eu sabia que aquilo era algo transcedental”. A frase veio de um homem nascido numa casa que sequer tinha banheiro. “Acredite e enriqueça” bem podia ser o nome do livro.
Ao longo do tempo, percebi que todos os episódios se equalizam por uma coisa: pelo singelo. Conceitos como lealdade, confiança, criatividade, jogo de cintura, otimismo, capacidade de aprender e que tais, passam diante de nossos olhos como uma cartilha “não intencional” a ser seguida.  
Ok, ok...o texto está longo, sei bem, e assim como não quero ser imposta a prateleira “Lair Ribeiro”, longe de mim obrigar alguém a assistir algo que não quer. Quem precisa de auto-ajuda, não é mesmo? Termino com outra frase do Sr. Redstone: “Dificuldades todos têm. O que muda é a forma como você responde a elas...quando morrer quero ser lembrado como uma pessoa que foi mais amada que odiada”. Eu também. Vai um Deepak Chopra, aí?

2 comentários:

  1. Uma vez tentei ler um livro de auto-ajuda cujo título era: "Os 100 segredos dos bons relacionamentos". Foi terrível! Parei nas primeiras páginas. As lições pareciam tão simples, mas que - no fundo - sempre valorizavam muito como você lida com o outro, com as questões que o outro apresenta. Até ai, tudo bem... faz mesmo parte do processo. O lance é que não dá pra compreender o outro até que vc se encontre consigo mesmo. O caminho pra isso? Vixe... haja temporadas!

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  2. O segredo do seu sucesso foi esse... confessa!!! Muito livro de auto ajuda pra essa mente pouco criativa ficar rica desse jeito em pouquíssimo tempo... pode confessar!!! ou então foram os degotes...

    Regina Falange

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