terça-feira, 2 de novembro de 2010

“You'd Better Change Your Way Today…”

Se você assistiu “All that Jazz” do Bob Fosse, deve lembrar bem dos cinco estágios da morte. São eles: Negação; Raiva; Barganha; Depressão e Aceitação. Se não viu, sabe como eu, que qualquer relacionamento humano memorável também passa por estas etapas. Sem esquecer que no segundo caso, a “atração” entra na conta e a ordem dos fatores altera e muito o produto.

Poucas coisas são tão reveladoras sobre o nosso comportamento, quanto o aprendizado da entrega e do lidar com o outro. Estar com quem quer que seja é, antes de tudo, um processo de auto-conhecimento. Existem os que impõem, os que se submetem, os que fingem...e há também os que simplesmente esperam, sabotam...e criam expectativas de respostas que jamais serão completamente satisfeitas porque só podem ser dadas por uma pessoa: Você. Um tanto esquizofrênico? É...
“O verdadeiro sentimento amoroso está naquele que consegue amar nos moldes do outro”. Ouvi esta frase há algum tempo, numa palestra sobre cabalá. É daquelas que você escuta, guarda, esquece e quando vê, precisa revisitar porque o contexto de vida mudou e é preciso relativizar as coisas...A frase “diz” que entrar no universo de alguém é saber diferenciar o que é necessidade do que é ego. O que é acertar do querer estar certo. E o que é arriscar ao invés de repetir modelos falidos. Ela ajuda a entender que ninguém pode ser uma equação matemática perfeita e que é justamente nisso que reside o caos e a maravilha de cada "parceria".
Não digo que é fácil. Não é. Para alguém assertiva como eu, exige serenidade quase constante, abnegação franciscana e um Obi-Wan como conselheiro fiel. Mas só em ter isso como meta, sinto minha alma se preencher da ideia de maturidade. Verdade seja dita: Já passei muitas vezes pelos estágios da morte. Cansei. Agora só me importa viver e deixar viver. E ponto. 

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