
O tempo passou, a tecnologia evoluiu, ganhei outros interesses e deixei os jogos de lado...mas nunca...nunca abandonei aquela sensação de ser a menina “diferente” do Dynavision. Fui a menina judia do colégio católico. A menina “moleque” que se quebrava inteira brincando e que passava mais tempo com adultos que com crianças. A menina que confiava mais em meninos que em meninas. E sim...fui a garota que pintava o cabelo de cores “absurdas” como a Ramona Flowers do Scott Pilgrim.
Lembro disso, ainda sob o efeito do filme visto sexta, no cinema. Esqueça a melhor montagem “que será copiada exaustivamente” dos últimos tempos. Esqueça o texto ágil e as onomatopéias literais. Esqueça a ótima trilha indie, no melhor estilo “Phoebe Buffay”. Esqueça que o “baixo” pode ser o instrumento mais legal de uma banda e que o Michael Cera assinou, de vez, o contrato de simbolo de uma geração..Sabe o que sobra, então? O menino “diferente” do Dynavision...Alguém que já quis ser o “Ferris”, mas que não liga muito em ser comparado ao "Cameron". Alguém que joga querendo acertar, passando por todas as "fases". Alguém que se entrega porque sabe que conseguir "vidas" ou chances, não é pra qualquer um.
O “Scott” em mim, sabe que a adolescência não determina o período de descobertas de uma vida (e olha que a minha já passou, faz algum tempo). Sabe que tirando qualquer estética cult (e incrível!), o que sobra é essência e que ser feliz é acreditar que, apesar dos pesares, novos combos virão. Game on!
Fato: Até o final do ano, compro um video game ( e a trilha do filme e as HQs e o que mais aparecer...). Ok, eu tô empolgada :)
Scott Pilgrim VS The World in one minute from scott hutcheson on Vimeo.
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