segunda-feira, 18 de outubro de 2010

“Those Schoolgirl Days, of Telling Tales and Biting Nails are Gone...”

Durante esta semana, pensei muito num amigo amado e querido que costumava dizer a seguinte máxima: “Não posso parar, porque se eu paro eu penso e se eu penso, eu choro”. Pois é...ele dizia...a gente ria... e eu seguia procurando equilibrar bem os tais tempos de “parada” com os instintos hibernantes à procura de palco e espectador.
Devo dizer que normalmente a “disputa” era desigual e o “racional” costumava vencer. Às vezes com o nome de “maturidade” e “sensatez”, outras como “controle”, “auto-proteção” e “cobrança”.
Há alguns anos atrás, quando as definições importavam mais do que deveriam, esse mesmo amigo dizia não ser possível determinar o que dizem sobre você, que "pintinho na merda não pia" e que “A” felicidade não existe. Ele subvertia o sentido das palavras, subvertendo também minha capacidade de encontrar conforto pra pensar, agir e ser eu mesma.



Nesta semana, comecei também a quinta temporada de Dexter e me dei conta, mais uma vez, do que me faz amar tanto a série. É esse diálogo constante entre o que se é e o que se deveria ser. Dexter não é só o psicopata em busca da próxima vítima. Ele é o ser humano cheio de incertezas, mas consciente do bem e do mal que representa. É o tradutor do “desconforto” que existe em cada um e em todos. É o pensamento em voz alta (viva o inventor do off!) espreitando cada passo como um codificador de emoção.
Dexter adora parar pra pensar. Ele também sabe o que é estar na "merda" e entende que a distância entre felicidade e desespero se chama: momento. Assim como o meu amigo, que nada tem de psicopata (que eu saiba!) e é um pensador dos bons (isso eu sei!), entende que a vida é feita de escolhas e consequências. E que tudo demanda intensidade pra ter a devida relevância. 
SWAY Studio Contributes to New Trailer for Showtime's "Dexter" from Hype Communications on Vimeo.
Eu, por exemplo, "escolhi" voltar do Rio pra Sampa e uma das consequências foi ficar fisicamente “longe” dele e das conversas sobre "Dexter", "Proust" ou a vida em geral. Mas, sem medo de parecer boba, declaro publicamente que guardo bem todas as lições. Ô inveja destes seus alunos novos...Feliz "dia do professor” atrasado, querido “G”!

5 comentários:

  1. Ai Dodô, queria publicar vc na capa da Veja! Sacanagem tão pouca gente ter acesso a tanta sensibilidade, inteligência e delicadeza com as palavras. beijão Linda! Helena

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  2. Lindaaaaaaaa!!!! "Passo mal" com vc!!!!
    Não tens ideia do quanto é importante e do quanto me enche de vontade de crescer e melhorar mais e mais. Te amo,"Tempestade"!!

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  3. Linda a maneira como você consegue traduzir "momentos" em emoções. Alcança o ponto "G" da alma humana. Parabéns minha querida!

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  4. É, realmente é impossível controlar o que pensam a seu respeito. Mais fácil será errar, sempre, mesmo que pra melhor. Sua versão a respeito desse "G" grande pensador deve diferir em muito do que pensam aqueles que o viram no show do Green day. Eniuei, fazer parte do enredo desse seu filme nada ficção (embora em alguns momentos "pra lá" de emocionante)sempre será uma honra e um imenso prazer. Grande beijo. Ass. Guite Neshume.

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  5. Guite falou e disse tudo. Sem comentários. Lindas suas palavras sempre Dodô. Lindo seu mundo. Love u.

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