
Na vida, não faço diferente, mas sei perfeitamente que nela, termos como “devolução” e “garantia” não existem. Pra não “errar”, frequento boas “lojas”, procuro levar pra casa o "melhor" das pessoas, dos caminhos, das sensações...e torço sempre, pra que os “defeitos de fabricação”(Oh Freud!) sejam insuficientes pra que as peças se quebrem de modo a não serem reconstruídas.
O tempo tem me ensinado que essa reconstrução acontece, ainda que à revelia da gente, e que mesmo que o maior técnico do Inmetro inspecione todas as normas de segurança do “brinquedo”, a verdade é que não há como garantir“satisfação” a ninguém. Isso só reforça o enorme mérito que existe em reconhecer um bom “produto”, um que valha a pena cuidar, que possa ser curtido desde o “pacote” até as peças invisíveis e que, mesmo sem assistência técnica, aceite reparo...e manutenção.
Quando isso acontece, não pergunto mais se existem manuais... não me importa. Se existem, não foram feitos para serem estudados, mas sim, apreendidos e vividos. Não pergunto pelas leis de consumo, porque não quero saber quem domina quem. Não questiono validade, porque tudo é perfeito do tamanho que é. Quando isso acontece, eu só quero uma coisa: Chegar em casa, abrir delicadamente o embrulho e curtir por algum ou por muito tempo, a chegada do “presente” na despensa. Nada de "compras", por enquanto...