domingo, 18 de julho de 2010

"Minuciosa Formiga/ Não Tem que se lhe Diga/Leva a sua Palhinha/ Asinha, Asinha..."

As formigas são conhecidas pela forma como se organizam em sociedade. São bem estruturadas, sabem se posicionar em grupo e seguem sua lider com mais lealdade que muitos followers do twitter.
Já vi muita gente comparar a sociedade “formigalêsca” a nossa. Como poderíamos aprender com elas, como são leais e úteis ao meio-ambiente e como se sacrificam nos “infântincêndios”, sem direito a defesa.
Em “Bon Temps”, decerto existem formigas, e lá também há uma clara metáfora sobre o ser humano. Na cidade, onde vivem os personagens de “True Blood”, vampiros, garçonetes, metamorfos,e outros bichos nos mostram o tempo todo que por trás de sua “estética trash-cult-porn”, se esconde a afirmação de tudo o que normalmente negamos e de tudo o que não conseguimos camuflar. Distante do ideal que se espera daquele mundo de insetos? Nem tanto.
Quando atacadas, as formigas se defendem picando o agressor. As mais famintas acariciam a antena alheia pra conseguir o que interessa e costumam ainda, engolir apenas a parte líquida do alimento. Lembra alguém?
Allan Ball, o produtor da série, conhece formigas, mas conhece mais ainda o ser humano. Sabe que ele é movido a desejo e que guarda na suposta ordenação diária, seu pedaço de caos. Sabe também, que quebrar essa constância “enfileirada”, é encarar a diferença entre morrer em vida ou vivê-la eternamente.
Moral da história? Por mais que sejamos distintos, mitificados ou brutalmente reais, somos extremamente semelhantes no quesito que mais importa: A aceitação das espécies. Essa constatação, por si só, já deveria fazer com que olhássemos com mais tolerância não só para as sociedades de formigas, vampiros, “viajantes na maionese”(oops)... mas principalmente, para o outro como reflexo de nós mesmos. Ai, ai...Deve ter groselha nessa bebida...

Um comentário:

  1. Ai ai... acho que tmb tomei um gole, viu?
    Ando tão intolerante com a intolerância alheia. Pode parecer redundante, mas as vezes preferia ter nascido uma formiguinha nessa vida: Elas são leais, trabalham somente para o que precisam e ainda respeitam o planeta. Pois é... acho que a nossa raça ainda tem olhar pra baixo e aprender muito com elas.

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